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Mulheres que revolucionaram a saúde: cientistas, médicas e ativistas que mudaram o mundo.
Conheça as histórias de cientistas, médicas e ativistas – do Brasil e do mundo que foram fundamentais para os avanços na saúde, medicina e ciência.
Por: Leve Saúde
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Tema
1. Introdução
Ao longo da história, as mulheres enfrentaram barreiras significativas para ingressar e se destacar nas ciências e na medicina. Por séculos, normas culturais e legais limitaram seu acesso à educação formal e à prática científica. No entanto, muitas desafiaram essas restrições e contribuíram de maneira fundamental para avanços que moldaram a saúde como a conhecemos hoje.
No Brasil, a presença feminina na medicina tem crescido notavelmente ao longo dos anos. Segundo dados recentes do Conselho Federal de Medicina (CFM), mais da metade dos novos registros de médicos são de mulheres. Isso reflete uma mudança significativa na demografia da medicina brasileira, tradicionalmente dominada por homens.
Neste conteúdo, queremos compartilhar um pouco da história e feitos de algumas dessas mulheres pioneiras, cientistas, médicas e ativistas, que com determinação e talento, romperam barreiras e deixaram um legado duradouro na saúde e na ciência.
Boa leitura!
2. Mulheres que abriram caminho na medicina
Durante muito tempo, ser mulher e querer atuar na medicina era visto como uma contradição. Havia resistência social, barreiras legais e, muitas vezes, um silêncio institucional que dizia: “isso não é lugar para você”. Apesar disso, algumas mulheres escolheram desafiar essas regras — e mais do que entrar, abriram passagem para tantas outras.
A seguir, destacamos duas figuras que representam esse começo. Mulheres que não só ocuparam um espaço inédito, mas transformaram esse espaço com coragem e visão.
2.1. Elizabeth Blackwell (1821-1910): primeira médica formada nos EUA
Em meados do século XIX, quando mulheres eram desencorajadas até mesmo a frequentar escolas, Elizabeth Blackwell ousou sonhar com algo ainda mais improvável: tornar-se médica. Após ser rejeitada por diversas instituições, foi aceita pela Geneva Medical College, nos Estados Unidos — uma admissão que, segundo registros, aconteceu por votação dos estudantes, que acreditavam que era uma piada.
Mas Elizabeth levou sua formação a sério. Em 1849, se tornou oficialmente a primeira mulher a obter um diploma médico nos EUA. Sua conquista desafiou o status quo e pavimentou um novo caminho para as mulheres na profissão.
Sua atuação foi muito além do consultório: fundou a New York Infirmary for Women and Children, que oferecia atendimento médico gratuito para mulheres e crianças de baixa renda e servia como espaço de prática para outras mulheres em formação. Mais tarde, ajudou a criar a primeira escola de medicina exclusiva para mulheres.
Elizabeth não apenas entrou para a história: ela ajudou a reescrevê-la, com coragem, visão e compromisso com o cuidado.
2.2. Nise da Silveira (1905-1999): referência em psiquiatria humanizada
Única mulher em uma turma com mais de 150 alunos, Nise da Silveira se formou médica em 1926, na Faculdade de Medicina da Bahia. Desde o início, escolheu um caminho pouco convencional: a psiquiatria. Em uma época marcada por práticas agressivas como eletrochoques e lobotomias, Nise propôs outra abordagem, baseada no afeto, na escuta e na liberdade de expressão.
Ao atuar no Centro Psiquiátrico Pedro II, no Rio de Janeiro, criou o Setor de Terapia Ocupacional, onde introduziu a arte como ferramenta terapêutica. Dali nasceu o Museu de Imagens do Inconsciente, que reúne milhares de obras produzidas por pacientes em tratamento, revelando o valor simbólico e terapêutico dessas criações.
Mais tarde, fundou a Casa das Palmeiras, uma clínica voltada à reabilitação psicossocial, com ênfase em práticas livres, criativas e acolhedoras. Nise também foi pioneira no uso da convivência com animais como parte do processo terapêutico.
Seu legado ainda inspira profissionais e instituições no Brasil e no mundo. Mais do que médica, Nise foi uma revolucionária silenciosa, que colocou a subjetividade no centro do cuidado em saúde mental.
3. Líderes em ciência e inovação
Ao longo da história, muitas mulheres não só atuaram na medicina, como também contribuíram para o avanço do próprio conhecimento científico que sustenta a prática médica. Elas foram além do cuidado: fizeram perguntas difíceis, desafiaram paradigmas e produziram descobertas que mudaram o rumo da saúde pública — e da história.
Neste bloco, destacamos pesquisadoras e cientistas que romperam barreiras em seus campos, deixaram marcas profundas em momentos críticos e abriram novos caminhos para o que hoje entendemos como saúde, prevenção e tratamento.
3.1. Marie Curie (1867-1934): referência na descoberta da radioatividade
Marie Curie nasceu na Polônia como Maria Skłodowska e desde jovem enfrentou restrições que limitavam o acesso de mulheres à educação superior. Determinada a seguir os estudos, se mudou para Paris, onde cursou Física e Matemática na Universidade de Sorbonne, sendo uma das únicas mulheres em sala de aula.
Seu trabalho com o marido, Pierre Curie, levou à descoberta dos elementos polônio e rádio e à consolidação do conceito de “radioatividade”, termo que ela mesma cunhou. Essa descoberta abriu portas para aplicações revolucionárias na medicina, como os tratamentos de câncer com radioterapia.
Se tornou a primeira mulher a ganhar um Prêmio Nobel (Física, em 1903) e, mais tarde, a primeira pessoa a conquistar dois prêmios em áreas distintas (Química, em 1911). Durante a Primeira Guerra Mundial, criou unidades móveis de raio-x que atenderam milhares de soldados feridos.
Marie mudou o curso da ciência, abrindo espaço para que outras mulheres pudessem fazer o mesmo, com excelência e legitimidade.
3.2. June Almeida (1930-2007): nome por trás da descoberta do primeiro coronavírus
June Almeida nasceu em Glasgow, na Escócia, e começou sua carreira científica como técnica de laboratório, já que não teve acesso à universidade formal. Contudo, sua habilidade e dedicação a tornaram uma especialista em microscopia eletrônica, uma tecnologia ainda em desenvolvimento nos anos 1950 e 60.
Em 1964, ao analisar amostras de pacientes com sintomas respiratórios no St. Thomas’s Hospital, em Londres, ela registrou imagens de um vírus até então desconhecido. Pela aparência com pequenas coroas ao redor, sugeriu o nome “coronavírus”, termo que seria oficialmente reconhecido anos depois. Embora seu trabalho tenha sido pouco valorizado à época, foi justamente graças aos seus registros que pesquisadores conseguiram entender e classificar a família de vírus que, décadas depois, causaria a pandemia de COVID-19.
Atualmente, June é reconhecida como uma das figuras mais importantes da virologia moderna, mesmo tendo sido ignorada por muito tempo.
3.3. Celina Turchi: figura central na investigação do Zika vírus e microcefalia
Em 2015, o Brasil enfrentava um surto alarmante de Zika vírus, acompanhado por um aumento nos casos de microcefalia em recém-nascidos. À frente das investigações que ligaram uma coisa à outra estava a epidemiologista pernambucana Celina Turchi.
Ao perceber o padrão nos atendimentos, Celina mobilizou pesquisadores de diferentes áreas e criou uma força-tarefa científica para estudar os dados. Liderou a produção de estudos que comprovaram a relação entre o Zika vírus e a má-formação fetal, contribuindo diretamente para estratégias de enfrentamento da crise sanitária.
Seu trabalho teve repercussão internacional e, em 2017, ela foi reconhecida pela revista Time como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo.
Celina é hoje um símbolo da ciência brasileira feita com agilidade, colaboração e compromisso com a saúde pública, mesmo diante de emergências.
4. Protagonistas do cuidado e da luta por direitos
Ao longo da história, o cuidado e a luta por direitos caminharam lado a lado, muitas vezes conduzidos por mulheres que não apenas ocuparam espaços, mas transformaram a lógica deles. Na saúde, elas ressignificaram o que significa cuidar, colocando empatia, escuta e dignidade no centro da prática. Na política e na ciência, levantaram a voz por igualdade de acesso, autonomia e reconhecimento.
Em tempos e contextos distintos, essas mulheres enfrentaram preconceitos, limitações legais e culturais, e entretanto, lideraram transformações que até hoje moldam o jeito como pensamos a saúde pública e os direitos das mulheres.
A seguir, celebramos figuras que foram além de suas funções: fundaram caminhos e mobilizaram mudanças estruturais.
4.1. Florence Nightingale (1820-1910): fundadora da enfermagem moderna
Conhecida como "A Dama da Lâmpada", Florence Nightingale nasceu em 1820, na Itália. Filha de uma família britânica abastada, desde jovem demonstrou vocação para cuidar dos enfermos, contrariando as expectativas sociais de sua época.
Durante a Guerra da Crimeia (1853–1856), Florence liderou um grupo de enfermeiras voluntárias para cuidar dos soldados britânicos feridos. Ao chegar ao hospital militar em Scutari, Constantinopla, se deparou com condições insalubres e alta taxa de mortalidade. Implementando rigorosas práticas de higiene e organização, conseguiu reduzir significativamente as mortes por infecção.
Após a guerra, se dedicou à reforma dos sistemas de saúde e à profissionalização da enfermagem. Em 1860, fundou a Escola de Treinamento Nightingale para Enfermeiras, no Hospital St. Thomas, em Londres, estabelecendo padrões que influenciam a enfermagem até hoje. Florence também foi pioneira no uso de estatísticas para a melhoria dos serviços de saúde, criando gráficos que ilustravam a mortalidade hospitalar e evidenciavam a necessidade de reformas.
Todo seu legado é celebrado anualmente no Dia Internacional da Enfermagem, em 12 de maio, data de seu nascimento.
4.2. Bertha Lutz (1894-1976): ativista pelo acesso feminino à medicina
Bertha Lutz foi uma bióloga, política e feminista brasileira, nascida em 1894, em São Paulo. Filha do cientista Adolfo Lutz e da enfermeira britânica Amy Fowler, desde cedo esteve envolvida com a ciência e as causas sociais.
Formada em Ciências Naturais pela Universidade de Paris – Sorbonne, em 1918, Bertha retornou ao Brasil e ingressou como pesquisadora no Museu Nacional do Rio de Janeiro, especializando-se em anfíbios. Foi uma das primeiras mulheres a ocupar um cargo público no país.
Em 1922, fundou a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (FBPF), organização que lutou pelo direito ao voto feminino e pela igualdade de oportunidades educacionais e profissionais para as mulheres. Sua atuação foi crucial para a conquista do sufrágio feminino no Brasil, oficializado em 1932.
Bertha também representou o país em eventos internacionais, como a Conferência das Nações Unidas sobre Organização Internacional, em 1945, onde defendeu a inclusão da igualdade de gênero na Carta da ONU.
Seus feitos são reconhecidos até hoje, com prêmios e honrarias que levam seu nome, celebrando sua contribuição para os direitos das mulheres e para a ciência no Brasil.
5. Revolucionárias na Farmácia e Biomedicina
A Farmácia e a Biomedicina têm sido campos de descobertas transformadoras, muitas vezes impulsionadas por mulheres que desafiaram convenções e expandiram os limites do conhecimento. Nesta seção, destacamos duas figuras cujas contribuições não apenas revolucionaram suas áreas, mas também impactaram profundamente a sociedade.
5.1. Dorothy Crowfoot Hodgkin (1910-1994): descobridora da estrutura da penicilina e insulina
Nascida no Cairo, Egito, em 1910, Dorothy Crowfoot Hodgkin foi uma química britânica pioneira na cristalografia de raios X, técnica que permite determinar a estrutura tridimensional de moléculas. Desde jovem, demonstrou interesse por minerais e cristais, o que a levou a estudar Química na Universidade de Oxford. Apesar das dificuldades enfrentadas por mulheres na ciência naquela época, Dorothy se destacou por sua determinação e habilidade técnica.
Durante sua carreira, ela elucidou a estrutura de importantes biomoléculas, incluindo a penicilina e a vitamina B12. Seu trabalho mais notável foi a determinação da estrutura da insulina, após 35 anos de pesquisa dedicada. Em reconhecimento às suas contribuições, recebeu o Prêmio Nobel de Química em 1964, tornando-se a terceira mulher a ser laureada nessa categoria. Dorothy também foi a segunda mulher a receber a Ordem do Mérito no Reino Unido, após Florence Nightingale.
Seu legado perdura na ciência moderna, inspirando gerações de mulheres a seguirem carreiras científicas e destacando a importância da diversidade na pesquisa.
5.2. Maria da Penha: referência em Farmácia e na luta contra a violência doméstica
Maria da Penha Maia Fernandes nasceu em Fortaleza, Ceará, em 1945. Se formou em Farmácia e Bioquímica pela Universidade Federal do Ceará, em 1966, e concluiu mestrado em Parasitologia pela Universidade de São Paulo, em 1977. Sua vida tomou um rumo trágico em 1983, quando sofreu duas tentativas de homicídio por parte de seu então marido, Marco Antonio Heredia Viveros. Na primeira tentativa, um tiro enquanto dormia a deixou paraplégica; na segunda, ele tentou eletrocutá-la durante o banho.
Após sobreviver a essas agressões, Maria da Penha iniciou uma incansável luta por justiça. Seu caso se arrastou por anos no sistema judiciário brasileiro, levando-a a buscar apoio internacional. Em 2001, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos condenou o Estado brasileiro pela negligência e omissão no caso. Essa decisão pressionou o país a adotar medidas mais eficazes no combate à violência doméstica.
Em 7 de agosto de 2006, foi sancionada a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340), que estabelece mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, aumentando o rigor das punições e oferecendo medidas de proteção às vítimas. Maria da Penha se tornou um símbolo da luta contra a violência doméstica no Brasil e continua atuando como ativista, promovendo a defesa dos direitos das mulheres.
6. O legado e o futuro: inspirando novas gerações
Ao longo deste conteúdo, revisitamos histórias de mulheres que desafiaram normas, romperam barreiras e fizeram da saúde um espaço mais justo, humano e inovador. Foram médicas, cientistas, enfermeiras, farmacêuticas e ativistas que deixaram marcas profundas — não apenas por seus feitos, mas pela transformação que provocaram na forma de cuidar e pesquisar.
Essas trajetórias mostram que as mulheres sempre estiveram presentes nos avanços da saúde, mesmo quando suas contribuições foram invisibilizadas ou subestimadas. E mostram, também, como o protagonismo feminino é indispensável para seguir avançando.
Valorizar esse legado é reconhecer a ciência e a saúde como campos que se constroem coletivamente, com diversidade de vozes, olhares e vivências. E incentivar a participação feminina na ciência não é apenas uma questão de justiça, mas de inteligência coletiva: quanto mais pluralidade, mais avanço, mais soluções, mais cuidado.
O futuro da saúde depende disso: de espaços onde meninas, jovens e mulheres possam se ver, se inspirar e se desenvolver, com liberdade, estrutura e reconhecimento!
7. A Leve Saúde apoia o protagonismo feminino
Na Leve, acreditamos que transformar a saúde passa, necessariamente, por dar espaço, visibilidade e apoio às mulheres que constroem todos os dias esse sistema — nas pesquisas, nos atendimentos, na gestão, nas ideias e na vida real.
É por isso que buscamos construir um ecossistema de saúde mais acessível, moderno e representativo. Na prática, isso se traduz em:
- Experiências mais simples e acolhedoras, para quem cuida e para quem é cuidado;
- Apoio à diversidade e inclusão, dentro e fora da organização;
- Inovação com propósito, voltada para facilitar o acesso e melhorar o cuidado;
- Compromisso com a equidade de gênero, não só como valor, mas como prática.
Hoje, esse compromisso também se reflete internamente: mais da metade dos cargos de liderança na Leve Saúde são ocupados por mulheres, um reflexo concreto da forma como enxergamos o futuro da saúde: com mais vozes, mais perspectivas e mais representatividade.
Se você também acredita em uma medicina mais humana, acessível e inclusiva, te convidamos a conhecer os serviços da Leve Saúde. Estamos aqui para simplificar o cuidado, valorizar quem cuida e oferecer soluções modernas para quem busca bem-estar de verdade!
8. Conclusão
Conversar sobre mulheres que transformaram a saúde é muito mais do que resgatar nomes importantes da história. É reconhecer que o cuidado, a ciência e a inovação sempre tiveram presença feminina, mesmo quando essa presença foi silenciada ou invisibilizada.
Cada uma das trajetórias que trouxemos aqui é prova de que quando as mulheres têm espaço, toda a sociedade avança. Avança em empatia, em acesso, em qualidade, em diversidade de pensamento. E esse avanço precisa continuar!
Essas histórias também nos convidam a olhar para o agora: quem são as mulheres que estão transformando a saúde hoje? Onde estão suas vozes? O que ainda precisa mudar para que a equidade seja mais do que uma intenção?
Valorizar o protagonismo feminino na saúde não é apenas uma homenagem ao passado, mas sim, um compromisso com o presente e com o futuro. Um futuro onde mais meninas e mulheres possam se ver na ciência, na medicina, na farmácia, na gestão. Um futuro com mais possibilidades e menos barreiras.
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